Economia
Comissão da Indústria Imobiliária (CII) promove Rodada de Negócios
21 de outubro de 2024 A Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu uma Rodada de Negócios focada em debater o cenário de funding para o setor imobiliário, abordando aspectos relacionados ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As discussões giraram em torno dos desafios enfrentados pelo setor e as possíveis soluções para garantir a sustentabilidade do funding em meio ao crescimento exponencial do mercado.
O evento reuniu nomes de peso do mercado, como Renato Correia, presidente da CBIC; Ely Wertheim, vice-presidente da CII; Clausens Duarte, vice-presidente da CHIS; José Urbano Duarte, ex-vice-presidente da CAIXA e consultor; Filipe Pontual, diretor-executivo da ABECIP; e Maria Henriqueta Arantes, ex-secretária executiva de Habitação e integrante do Conselho Curador do FGTS; e Celso Petrucci, economista chefe do Secovi-SP.
Apesar do setor estar em plena expansão, há um problema significativo de escassez de recursos frente à crescente demanda. O crescimento das ferramentas de financiamento ao longo dos anos, mas existem desafios emergentes, como a insuficiência de recursos na poupança e no FGTS, que são pilares do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), pontuou Renato Correia.
As limitações do SFH e o esgotamento do FGTS
Um dos pontos mais enfáticos da discussão foi levantado por José Urbano Duarte, ex-vice-presidente da CAIXA e atualmente consultor de empresas. Duarte apresentou uma análise detalhada sobre o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), apontando suas limitações para o futuro do mercado imobiliário. “O SFH é um aquário alimentado por recursos direcionados, como FGTS e Poupança, e isso, no passado, criou condições para o desenvolvimento do mercado imobiliário no Brasil. No entanto, hoje essas fontes de financiamento estão determinando e limitando o crescimento do setor”, explicou.
Duarte também alertou para o esgotamento do FGTS como solução de longo prazo, enfatizando que a combinação do uso intensivo desse fundo com o SBPE pode criar problemas graves. “O SBPE está sendo ajudado pelo FGTS, e isso não pode acontecer por muito tempo. O FGTS não conseguirá manter o ritmo atual por mais 5 ou 6 anos”, advertiu. Ele ainda destacou que a poupança, que já foi um dos principais pilares do financiamento imobiliário, vem perdendo relevância nos últimos 30 anos. “O problema percebido agora não é novo: a Poupança vem acumulando perda real de participação de mercado, e sua capacidade de atender às demandas do setor imobiliário é limitada”, afirmou.
Durante o encontro, Maria Henriqueta Arantes, consultora técnica da CBIC, ex-secretária executiva de Habitação e integrante do Conselho Curador do FGTS, também destacou a importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na sustentabilidade do mercado imobiliário, mas alertou para as mudanças que afetaram seu papel anticíclico. “Com essas alterações de expectativa futura, SELIC e etc., nos obrigaria a ter um colchão de recursos para, na eventualidade de um pico de IPCA, a gente dar conta de cobrir esse pico, sem ter que reduzir, em primeira linha, nossa política de subsídio de desconto, que é a primeira a ser afetada”, disse. Ela finalizou afirmando que sem a política de desconto, os programas do FGTS não vão rodar.
O tema tem interface com o projeto “Melhoria da Produtividade, Competitividade e Empregabilidade do Mercado Imobiliário”, da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Fonte: CBIC – Câmara Brasileira da Industria da Construção - cbic.org.br
O evento reuniu nomes de peso do mercado, como Renato Correia, presidente da CBIC; Ely Wertheim, vice-presidente da CII; Clausens Duarte, vice-presidente da CHIS; José Urbano Duarte, ex-vice-presidente da CAIXA e consultor; Filipe Pontual, diretor-executivo da ABECIP; e Maria Henriqueta Arantes, ex-secretária executiva de Habitação e integrante do Conselho Curador do FGTS; e Celso Petrucci, economista chefe do Secovi-SP.
Apesar do setor estar em plena expansão, há um problema significativo de escassez de recursos frente à crescente demanda. O crescimento das ferramentas de financiamento ao longo dos anos, mas existem desafios emergentes, como a insuficiência de recursos na poupança e no FGTS, que são pilares do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), pontuou Renato Correia.
As limitações do SFH e o esgotamento do FGTS
Um dos pontos mais enfáticos da discussão foi levantado por José Urbano Duarte, ex-vice-presidente da CAIXA e atualmente consultor de empresas. Duarte apresentou uma análise detalhada sobre o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), apontando suas limitações para o futuro do mercado imobiliário. “O SFH é um aquário alimentado por recursos direcionados, como FGTS e Poupança, e isso, no passado, criou condições para o desenvolvimento do mercado imobiliário no Brasil. No entanto, hoje essas fontes de financiamento estão determinando e limitando o crescimento do setor”, explicou.
Duarte também alertou para o esgotamento do FGTS como solução de longo prazo, enfatizando que a combinação do uso intensivo desse fundo com o SBPE pode criar problemas graves. “O SBPE está sendo ajudado pelo FGTS, e isso não pode acontecer por muito tempo. O FGTS não conseguirá manter o ritmo atual por mais 5 ou 6 anos”, advertiu. Ele ainda destacou que a poupança, que já foi um dos principais pilares do financiamento imobiliário, vem perdendo relevância nos últimos 30 anos. “O problema percebido agora não é novo: a Poupança vem acumulando perda real de participação de mercado, e sua capacidade de atender às demandas do setor imobiliário é limitada”, afirmou.
Durante o encontro, Maria Henriqueta Arantes, consultora técnica da CBIC, ex-secretária executiva de Habitação e integrante do Conselho Curador do FGTS, também destacou a importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na sustentabilidade do mercado imobiliário, mas alertou para as mudanças que afetaram seu papel anticíclico. “Com essas alterações de expectativa futura, SELIC e etc., nos obrigaria a ter um colchão de recursos para, na eventualidade de um pico de IPCA, a gente dar conta de cobrir esse pico, sem ter que reduzir, em primeira linha, nossa política de subsídio de desconto, que é a primeira a ser afetada”, disse. Ela finalizou afirmando que sem a política de desconto, os programas do FGTS não vão rodar.
O tema tem interface com o projeto “Melhoria da Produtividade, Competitividade e Empregabilidade do Mercado Imobiliário”, da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Fonte: CBIC – Câmara Brasileira da Industria da Construção - cbic.org.br